Leônidas da Silva maior ídolo do futebol e 21 anos de carreira

Leônidas da Silva no futebol brasileiro é marcada por uma série de conquistas, inovações e momentos icônicos.

No final dos anos 1950, Leônidas da Silva cativava as multidões antes de Pelé se destacar como o maior ídolo do futebol brasileiro. Conhecido como “Diamante Negro”, ele desempenhou um papel fundamental na trajetória da seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 1938, culminando com uma brilhante conquista do terceiro lugar. No mundial de 1934, que marcou a primeira participação do Brasil na competição, a equipe demonstrou seu talento como artilheiros com jogadas geniais.

Atuando pelos maiores times cariocas – Botafogo, Vasco da Gama e Flamengo -, teve um período marcante em sua carreira. Surpreendentemente, Leônidas nunca fez parte do elenco do Fluminense, mesmo sendo esse seu time favorito.

No entanto, nenhuma dessas ocasiões foi tão notável quanto no São Paulo FC, clube onde ele jogou a maior parte de seus anos como jogador. Ele, com várias conquistas, marca seu legado como um dos maiores ídolos da equipe. Entre os anos de

Todo esse sucesso nos clubes e na seleção só é alcançável graças ao talento excepcional de um verdadeiro gênio. Leônidas ficou conhecido como o jogador pioneiro na criação da bicicleta no futebol. Esse movimento foi tão marcante que outros grandes nomes do esporte mundial seguiram seu exemplo, incluindo Pelé.

Ao longo de suas duas décadas e meia no mundo do futebol, Leônidas da Silva emplacou-se com sucesso ao ganhar não menos que três vezes o título máximo carioca e cinco vezes o título principal paulista. Sua vocação como artilheiro é indiscutível e seus números individuais provam isso: foram incríveis 437 gols em apenas 512 jogos.

Leônidas da Silva infância, histórico e inspirações

Nascido em São Cristóvão, Rio de Janeiro, Leônidas da Silva veio ao mundo em uma tarde ensolarada do dia 6 de setembro, lá pelo ano longínquo de 1913. Criado por seus pais adotivos após perder o pai aos 9 anos – um marinheiro -, cuja mãe trabalhava como empregada doméstica. A partir daquele momento, começou a frequentar a escola e, ocasionalmente, fugia para jogar futebol com os amigos.

Leônidas da Silva infância, histórico e inspirações

Por força das circunstâncias que o destino proporciona, ele se viu cada vez mais envolvido com o futebol depois que seu pai adotivo inaugurou um bar próximo ao estádio de São Cristóvão, onde encontrava oportunidades para praticar. Ao despertar grande destaque, chamou atenção e passou a integrar os juvenis do clube com apenas 13 anos. Outras equipes do bairro onde atuou para ganhar dinheiro incluem Havanesa, Barroso e Sul Americano.

Assim ao acompanhar os jogos do Fluminense FC, toda essa paixão pelo futebol surgiu e acabou se transformando em sua principal forma de renda. Encantando o então garoto Leônidas da Silva, o tricolor das Laranjeiras foi campeão carioca três vezes consecutivas entre 1917 e 1919.

1929–1934: Estreia e primeira passagem no futebol carioca

Depois de chamar a atenção nas categorias inferiores do São Cristóvão, Leônidas da Silva foi promovido ao time principal em 1929 com apenas dezesseis anos. No entanto, ele não permaneceu muito tempo no clube e decidiu se transferir para o Sírio Libanês após apenas um ano. Na zona norte do Rio de Janeiro, pouco se conhece o time.

No ano de 1931, quando encerrou as atividades do Sírio Libanês, Gentilli Barroso contratou Leônidas e o levou consigo para o Bonsucesso. Diamante Negro assinou seu primeiro contrato com essa equipe. Rapidamente chamando atenção, não demorou para deslanchar com muitos gols marcados em apenas uma temporada, garantindo sua vaga na seleção carioca.

Juntamente com o atacante Gradin, Leônidas se destacou em suas duas temporadas no clube ao marcar muitos gols. Durante um confronto com o Botafogo/RJ em 1932, ele conseguiu marcar três gols apesar da derrota por placar de cinco a quatro. Lembrar é fundamental: foi nesse mesmo ano em que o Diamante Negro realizou sua primeira bicicleta e marcou um golaço.

Porém foi tão significativa a sua passagem pelo Bonsucesso que hoje o estádio do clube recebe o nome de Leônidas da Silva, como uma homenagem ao seu maior herói. Nas suas duas temporadas no clube, o super astro deixou sua marca na história ao balançar as redes adversárias em incríveis 55 ocasiões durante os meros 51 confrontos disputados – fazendo dele uma verdadeira máquina de marcar gols.

1933 Rápida passagem pelo Peñarol-URU


Assim em 1932, Leônidas da Silva, jogando pelo Bonsucesso, integrou a equipe nacional do Brasil no confronto com o Uruguai. Sua performance surpreendeu os jogadores uruguaios. Com o intuito de fortalecer sua equipe no ano seguinte, iniciou-se uma negociação do Peñarol com esse promissor atacante.

Todavia, as lesões prejudicaram muito a passagem de Leônidas pela equipe e contribuíram para que ela fosse esquecida enquanto esteve no Uruguai. Como resultado disso, o astro ficou no time do Uruguai por uma curta temporada e atuou em apenas 16 partidas. Com apenas alguns jogos no currículo, o Diamante Negro se destacou com a incrível marca de 11 gols marcados, uma estatística admirável para quem teve tão pouco tempo em campo.

1950: Leônidas da Silva se aposenta

Assim devido à sua falta de forma física aos 37 anos, Leônidas da Silva optou por se aposentar no início do ano de 1950. Balançou as redes nos gramados para se despedir no mês de dezembro daquele ano, numa partida amistosa que terminou com uma vitória por 2 a 1.

Mesmo não estando fisicamente no melhor momento, o jogador tinha esperanças de participar da sua derradeira Copa do Mundo em 1950 antes de se despedir. No entanto, o jogador não teve êxito em realizar seu desejo de ganhar uma competição global pela seleção brasileira. Sua última aparição vestindo as cores verde e amarelo foi em 1946.

Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”

O deslumbrante desempenho de Leônidas da Silva na sua estreia pela seleção brasileira contra o Uruguai em 1932 lhe rendeu o apelido de Diamante Negro. O apelido, dado pelos veículos de comunicação uruguaios, se deve à percepção de que o jogador era uma peça única e valiosa, algo fora do comum no esporte.

Logo depois de deixar sua marca na Copa do Mundo de 1938, o apelido dele ficou famoso, e qualquer coisa relacionada a Leônidas da Silva era considerada valiosa. Para ser conhecido como o “Diamante Negro” do mais recente chocolate da Lacta, o jogador foi presenteado com uma quantia significativa – 2 contos de réis – pela própria empresa. Este sabor continua sendo bastante popular entre os brasileiros nos dias atuais.

Leônidas da Silva: o inventor do gol de bicicleta?

Atribui-se a Leônidas da Silva, em mais uma das curiosas histórias sobre ele, o crédito pela popularização da bicicleta no Brasil, administrando melhor o desempenho da jogada de Petrônio Brito. Conforme explicam os historiadores, essa jogada foi inventada em 1914 pelo jogador Ramon Uganza, de origem espanhola e nacionalidade chilena.

Leônidas da Silva: o inventor do gol de bicicleta?

No ano de 1932, ocorreu um jogo entre Bonsucesso e Carioca no qual Leônidas fez sua primeira bicicleta ao marcar um dos gols da vitória do seu time por placar final. Depois de algum tempo, ele retornou para realizar novamente essa façanha atuando pelo CR Flamengo contra o Independente. Em seguida, teve a oportunidade de fazer isso também defendendo as cores do São Paulo nos embates com os rivais Palestra Itália e Juventus da Mooca.

Conclusão

Em conclusão, a trajetória de Leônidas da Silva no futebol brasileiro é marcada por uma série de conquistas, inovações e momentos icônicos. Conhecido como o “Diamante Negro”, ele deixou uma marca indelével no esporte, tanto pela sua habilidade excepcional como artilheiro quanto pela popularização da bicicleta, jogada que se tornou uma de suas marcas registradas.

Desde os primeiros passos nos gramados cariocas até as atuações brilhantes pela seleção brasileira em Copas do Mundo, Leônidas demonstrou seu talento inigualável e conquistou o reconhecimento de fãs e colegas de profissão. Sua contribuição para o esporte vai além dos gols marcados; ele também foi responsável por inspirar gerações futuras de jogadores e deixar um legado duradouro no futebol brasileiro.

O apelido “Diamante Negro” não apenas reflete a valor da suas habilidades em campo, mas também simboliza a preciosidade de sua influência e contribuição para o futebol. Leônidas da Silva, o craque que brilhou intensamente nos gramados, continua sendo uma figura lendária no cenário esportivo brasileiro, sendo lembrado como um dos maiores ídolos do futebol do país.


Copyright © Unibet - Unibet.plus- All right reserved.